Uma história de Bicicleta...

Bem, como todos tenho histórias sobre minha infância, das quais classifico por “gêneros” e um destes gêneros são as histórias das vezes em que quase morri, rs. Com certeza vocês verão mais histórias deste gênero, mas vamos logo com isto.
Nas férias de 2005 pra 2006 eu andei de bicicleta praticamente todos os dias, e o dia inteiro, andei tanto, mas tanto que minhas pernas cresceram apareceu umas estrias monstras que doíam pagarai. Mas em um desses dias, um infeliz (eu) de a idéia de irmos até a Vila Medeiros/Vila Maria e na volta descermos aquelas ladeiras cabulosas, exemplo, a Av. conceição. Bem neste dia estava eu, Japa, Rafael, Kaue, Luquinhas. Estavam de frescura pra ver quem ia descer o bagulho primeiro, louco que sou, fui. No começo foi bom, aquele roçar dos ventos no cabelo, o frio Zinho na barriga, perceber que estava a mais de 40km/h após olhar na lombada eletrônica (ainda acho que vou receber a multa, rs.). Ai eu fui diminuindo a velocidade pra ficar na “retaguarda” do grupo, foi quando passou na minha frente o Luquinhas... Rafael... Kaue... e nada do japonês, serio ele não passou e fiquei preocupado, fui dar aquela ligeira olhada pra trás, me desequilibrei e voltei meus olhos pra frente, voltei ao equilíbrio e olhei novamente pra trás, e nada do japa.
Foi quando uma curva na estrada me pegou de surpresa, a roda da bike pegou no meio fio, fazendo com que ela desse um RL (quando o pneu de trás da aquela levantada maneira) o foda foi ter um poste bem na frente, bati com minha cabeça no poste e voltei pro meio da pista. Quando eu estava deitado no meio da rua grog por causa da batida, ouvi uma buzina suave nos meus ouvidos... Era um ônibus, fechei meus olhos e espere meu crânio ser esmagado e... Nada abri os olhos e o ônibus estava tipo do meu lado, a uns 10 cm da mina cabeça. Quase caguei de medo e felicidade ao mesmo tempo. O ônibus passou me levantei sentei na calçada e uma mulherzinha veio falar comigo, ver se eu estava bem etc. ela disse que direto uns moleques descem aquela rua, e que vários já foram atropelados, acho que ela pensou que isso iria me deixar melhor, mais pelo contrario, fiquei piscando mais ainda, rs.
Há essas horas eu já tinha até esquecido do japa, peguei a minha bike que por incrível que pareça estava inteira, subi e dei um olhadinha pra trás para me despedir da moça, e neste instante vejo o japonês com o olho roxo correndo e gritando: uns moleques roubaram minha bicicleta...
Essa foi uma das vezes em que quase morri.